O adversário bebeu até quase cair, incomodando até os outros bêbados. Ele andou para casa aos tropeços, e um deles se tornou um tropeço de verdade. Rolou pela rua e parou, de calças abertas, olhando para o céu. Ele viu o rosto de Deus, que lhe contou o segredo da vida.
O adversário se ergueu e continuou caminhando. Viu uma porta aberta e entrou. Estava escuro. Tinha livros. Abriu um deles, mas não consegui ler. Jogou-o no chão. Sua bexiga apertou. Sem hesitar, urinou ali onde estava. No dia seguinte, o funcionário da biblioteca encontrou um livro de filosofia medieval no chão, aberto na página que falava sobre a cidade de deus, com as letras douradas.
O adversário acordou e as pessoas lhe contaram toda a balbúrdia que causara na noite anterior. Expulsaram-no da vila. Ele foi obrigado a viver na beira do rio, comendo só peixes, tomando banho de água fria e caminhando o dia inteiro. Suas doenças e suas dores foram embora.
O adversário, depois de um tempo, ficou com tanta preguiça de fazer qualquer coisa que ele se sentou por uma semana, sem comer, sem pensar, só vendo o rio passar. Ele atingiu a imortalidade.