Ouvi dizer que o ego é aquilo que nos dá a ilusão de estarmos separados. Transcenda o ego e verá que estamos todos juntos, pessoas, animais e coisas. Tudo uma coisa só.
Uma maneira mais profunda de se dizer isso é dizer que transcender o ego é chegar à conclusão de que ele não existe. Que ele é uma invenção, um programa de computador dentro de nossas psiquês cuja função é buscar a sobrevivência.
Outros dizem que ter ego é se achar, ou ser capitalista, ou estar apegado a coisas.
Proponho uma nova abordagem: egologia. Na recém-fundada egologia, você define o ego (maligno) das pessoas a partir de sua própria definição de ego (maligno).
Se na visão de alguém ser egocêntrico é não seguir normas, o ego da pessoa é ditar normas.
Se ser egocêntrico é se achar, o ego da pessoa é projetar uma imagem modesta.
Se ser egocêntrico é uma condição humana que precisa ser superada, o ego da pessoa é se considerar superior à condição humana.
A egologia diz que as pessoas que você considera egocêntricas te explicam.
Comida para pensamento, como diriam os americanos.