Uma escola de pensamento diz que você deve controlar suas emoções. Ninguém se importa com elas. Elas turvam seu julgamento. Mantenha suas emoções sob rédeas firmes e tudo dará certo.
Outra escola de pensamento diz que você deve expressar suas emoções. Elas são o canal para a empatia e a saúde, física e mental. Elas te conectam com as pessoas. Abra o seu coração e tudo dará certo.
Na esfera dos panos-quentes e do deixa-disso, há o caminho do meio. Expresse suas emoções, mas não deixe que elas interfiram com sua ação racional. Controle suas emoções, mas não deixe que o estresse te adoeça.
Três perspectivas, uma só conclusão: as emoções são uma pessoazinha dentro de você, uma criança interior. A diferença é a forma de cuidar dessa criança.
Escolho pensar nas emoções como um rio. Ele está fora de mim, ao meu redor. Vejo édens e quedas mortais em seu curso. Sou um aprendiz de remador, um pescador experimental.
Muito bom, Cássio!
Fica muito claro o porquê do povo emocional ser associado ao elemento água. Nas tradições de matriz africana esse elemento é o domínio das Yabás: Iemanjá, rainha do mar, Oxum das Cachoeiras, as chuvas de Iansã e o pântano de Nanã. Água é vida e é morte. Pode ser maleável e pode ser violenta. Pode nutrir e pode afogar.