Dizemos que chegamos ao ponto onde cada um faz sua própria cultura. Dizemos que chegamos ao ponto onde os deuses estão mortos. Esta é uma oportunidade única para que os deuses, que não estão mortos, alimentem-se da energia dos fiéis incautos.
A fórmula continua a mesma: um símbolo, um herói, uma divisão entre bom e ruim, certo e errado, uma forma de se comportar, de se vestir, de julgar. Ferramentas para focar a atenção.
A diferença é o alvo. O novo fiel é aquele que acha que vê o que está por trás de tudo. A pessoa consciente. A pessoa que faz sua própria cultura, monta sua própria playlist, escolhe suas próprias opiniões, cria uma narrativa de sua própria história, ignorante de sua própria previsibilidade.
Em algum momento entre o apogeu dos deuses tradicionais e o surgimento dos deuses modernos, descobriu-se que o fiel incauto é o mais valioso. Não questiona, pois é condicionado a questionar as coisas erradas. Não se rebela, pois está ocupado em se rebelar contra inimigos inventados. É um seguidor gratuito.
Não se engane, você é um deles. Eu também. Está em nossa natureza.