A devoção é uma escolha. Uma escolha ao que se prestará devoção. Em si mesma, não é opcional.
Durante milênios, a humanidade desenvolveu formas de esconder dos devotos este poder de escolha. Uma destas tecnologias se chama certo e errado: meu deus é certo, o seu é errado. Outra é o Arconte. O Inimigo. Você deve ser devoto da minha causa, senão você é devoto do Inimigo.
Outra forma se chama “eu não presto devoção a nada”. A mais eficiente. O templo funciona da mesma forma. Figuras de divindades, cujo objetivo é terceirizar o poder pessoal. Símbolos esotéricos, cujo objetivo é atrelar a consciência aos interesses daqueles que os criaram. Livros sagrados, que não podem ser contraditos, sob pena de heresia. Um clericato, com o monopólio da palavra de deus. A diferença está nos nomes: Ícones culturais. Logomarcas. Teoria. Profissional.
O importante é estar consciente de sua devoção, para que você escolha a que lhe parecer mais apropriada.